Monday, April 12, 2004
E no meio de tanta gente...
De repente um barco no meio da história, no meio do mar. Num domingo gostoso, ensolarado, sem rumo certo, sem pressa. Esse domingo transformou-se numa sexta-feira, noite estrelada, refletida em piscinas iluminadas, em líquidos coloridos em copos de falso cristal. Agora pressa, agora rumo definido, um beijo, ressonando por todos os lados, espalhando-se na areia, atirando-se ao mar. Um beijo azul enluarado que, como as ondas do mar fingem que terminam mas continuam, e continuam infinitamente, pela noite adentro, pela vida afora. Mas agora era manhã e uma gaivota caçava, inaugurando o sábado. O mar fingia não ter ondas, pra que as risadas e as conversas, que fingiam não ter pressa, pudessem se sobressair. E de repente, de frente aos azuis que se encontravam delimitando uma linha imaginária onde não termina o mar nem começa o céu, eu percebo que isso tudo é só o meio da história.
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