Monday, May 29, 2006

It's only a paper moon.

My thoughts linger nostalgically to my old days of silicone boobs, 14-dollar drinks in preppy-trendy places, the "by the pool" business and I'm telling you, all year round by the pool is unbeatable business, I once did my birthday party by the pool, it didn't work out quite right but anyways, you gotta be with the "in-crowd". The fantastic "2-for-1 night" all week long, if you know where to go, you know what I'm saying. The board walks, the dog walks, the power yoga, the eat-as-much-as-you-can king crab all seafood fresh from the pier buffets. The light mayo, light butter, egg beaters, the "90% natural cheese" cheese, all protein, no transfatty acids and no white flour, no sugar added, organic guaranteed, delicious one-meal shakes. The harassment-free, no questions asked, satisfaction or your money back, this call might be recorded for your own safety and please come back again we appreciate your business. The thousands of passwords and safety questions, mother's maiden name, dog's breed and credit cards with your photo. I miss it. And the whipped butter. And my light yogurt with real fruit. And the parking lot and the meters outside the movie theatre, the boardwalk and any road and the parking meter card "25 $ of tranquillity parking". Paper or plastic supermakets, over the counter 2-story drugstores with anything you could ever need in the case of diarrhea, unsafe sex and bad breath. The one million diet sodas and the large variety of peanut butter, mascara and aspirins. Ooh, don't let me forget about the always useful wax filled electric hair rollers. Really rocking. Do you get it? I miss my shower radio.

Wednesday, May 17, 2006

Trópicos.

O trópico de capricórnio existe? Ele é imaginário mas existe, tá lá em alguma posição exatinha, basta olhar no atlas. E é assim também com os 30. É uma linha imaginária, mas que existe, ó, exatinha, 30 anos depois que você nasceu. Que na prática são 3 décadas em que tudo somado, tudo calculado, tudo subtraído, faltou um monte de coisas. É isso, na prática, é isso. Tem sempre aquele negócio de pensar em como a gente pensava aos 15 que a gente seria aos 30. Eu pensava tudo diferente. Eu pensava que ia demorar mais, pensava também que me sentiria mais velha, e isso, é verdade verdadeira, me sinto muito menos velha - tudo mérito da Neutrogena com o fantástico sistema de microdermabrasion, quer rejuvenecer?, pergunte-me como. Comunque, pensava tudo diverso, 30 anos é a idade eterna dos meus pais, eles tiveram sempre 30 anos até que um dia fizeram 50. Mas eu não tenho filhos e agora tenho 30. Conflito. Trinta anos é tempo pra caramba. Imagina levar a roupa pra lavanderia e te pedirem pra voltar "daqui umas 3 décadas mais ou menos, mas nós ligamos pra avisar se ficar pronto antes. Olha que se a senhora quiser dá pra fazer em menos tempo, mas tem a taxa de urgência."

Sei lá. 30 já parece tanto.

E o resto, como será? Daqui por diante, como é? Quando é que vou me sentir velha, quando é que serei considerada velha mesmo, quando é que se começa a falsificar documentos, mentir em entrevistas, não dizer a idade simplesmente...?

Os sinos anunciam a meia noite do meu aniversário. E eu começo um dia que poderia ser como todos os outros sentindo-me estranha porque 30 anos atrás eu nasci. Que bobagem. Porém, ainda que imaginário, é um trópico e eu posso jurar que ele está bem aqui.

Saturday, May 13, 2006

Reality check: La dolce vita.

Europeu quando quer ser schifoso mesmo goes all the way to the rocky bottom. Desodorante que dura 7 dias, já viram isso? A idéia que exista toda uma industria para as pessoas que ficam dias sem tomar banho me preocupa: o carinha que inventou a formula depois de anos de pesquisa e testes em milhares de axilas voluntárias, a empresa que resolveu produzir, os supermercados que vendem o produto... e toda a gente que compra e usa o maldito desodorante de 7 dias. Bom, eu, que pego ônibus todo dia, sei que não funciona 100%.

Todos votam pela sinistra, nonostante queiram se ver livres de todos os imigrantes e dos turistas tambem. Essa gente dá muito trabalho. Os mais odiados sao os asiáticos. Sa com'é, eles abrem a lojinha, nao fazem pausa pranzo, Dio mio, e ainda por cima querem abrir no domingo. É o fim do mundo. Os italianos odeiam sopratutto gente que quer trabalhar... Basta ir no banco. Fila de mil pessoas, as mocinhas no caixa lixando a unha, falando no telefone, contando dinheiro na frente de todo mundo... daí aparece o chefe. Pensa que todo mundo finge que está trabalhando? Que nada, lá do fundo alguém grita o resultado da ultima partida de futebol da empresa, as mocinhas todas dão uma piscadinha pra ele e ele, nas suas mocinhas preferidas, dá aquela palmadinha carinhosa na popa. Cenário maravilhoso. E você ali há 20 minutos, esperando pra trocar um cheque. Mas pra quê ter pressa. Parece até aquela gente de Milão. Ah, tem também aquela "gente de Milão", que gosta de trabalhar, que tem pressa porque tem coisa melhor pra fazer do que ficar esperando em fila, insomma, gente que é uma vergonha pro próprio país.

País civilizado, de primeiro mundo, é isso aí.

Comunque, não quero voltar pro Brasil.