- Sofia, e agora?
- Agora o quê?
- Agora que eu comprei passagem, to indo pra Sumatra, essa loucura toda...
- Ué, mas não era tudo o que vc queria?
- Era, mas eu esqueci até porquê eu queria tudo isso em primeiro lugar.
- Pra mostrar que a sua história pode dar certo.
- É, mas e se der errado?
- Se der errado? ué, mas história é história, a gente não pode ter medo de viver... ou de escrever... ou de contar... sei lá, já estou confusa, primeira pessoa, terceira pessoa, narrador, personagem etc.
- Ai, tô até com saudades da narradora. De ter alguém por trás pra botar a culpa. De esperar alguém escrever o meu destino. Esse negócio de virar narrador-personagem é complicado...
Tuesday, April 27, 2004
Friday, April 23, 2004
Tem que dar certo
- Cheguei em casa, chequei a secretária eletrônica e nada. Email: nada. Celular: nada. Desconfiei logo que o fato dele nunca mais ter me ligado só podia ser culpa da narradora da história. Liguei no escritório dele e disse que era a advogada da ex-mulher.
- E ele tem ex-mulher? perguntou Sofia, prestando atenção.
- Sei lá, mas ninguém discute com advogado muito menos se for de ex-cônjuge de colega de trabalho, entendeu?
- E aí?
- Descobri que ele está na Sumatra.
- Sumatra? disse Sofia, com dúvida legítima.
- Sumatra...? disse Dora, com dúvida geográfica.
- É. Comprei uma passagem e tô indo pra lá.
- Hã, como é que é?
- É isso aí, acabou essa brincadeira de amor que não dá certo, tô pegando o avião semana que vem. Vou mesmo, pagar pra ver. E chega de narrador-onisciente! Basta, entendeu, dona escritora?! Da minha história sei eu.
- ...Sumatra...
- Mas Clarinha, o que ele faz hein?
- Não sei, Sofia, ela (apontando pra fora da história) nunca explicou. E a Sumatra fica ao sul da Tailândia, Dora.
- Cheguei em casa, chequei a secretária eletrônica e nada. Email: nada. Celular: nada. Desconfiei logo que o fato dele nunca mais ter me ligado só podia ser culpa da narradora da história. Liguei no escritório dele e disse que era a advogada da ex-mulher.
- E ele tem ex-mulher? perguntou Sofia, prestando atenção.
- Sei lá, mas ninguém discute com advogado muito menos se for de ex-cônjuge de colega de trabalho, entendeu?
- E aí?
- Descobri que ele está na Sumatra.
- Sumatra? disse Sofia, com dúvida legítima.
- Sumatra...? disse Dora, com dúvida geográfica.
- É. Comprei uma passagem e tô indo pra lá.
- Hã, como é que é?
- É isso aí, acabou essa brincadeira de amor que não dá certo, tô pegando o avião semana que vem. Vou mesmo, pagar pra ver. E chega de narrador-onisciente! Basta, entendeu, dona escritora?! Da minha história sei eu.
- ...Sumatra...
- Mas Clarinha, o que ele faz hein?
- Não sei, Sofia, ela (apontando pra fora da história) nunca explicou. E a Sumatra fica ao sul da Tailândia, Dora.
Wednesday, April 21, 2004
Motim
Clara: Liguei, liguei mesmo.
Dora: Você não falou que fui eu que te dei o telefone dela, né?
Clara: Claro que não, não disse nada.
Sofia: Mas como é que você tinha o telefone dela em primeiro lugar, Dora?
Dora: O Agenor, meu marido na história, tinha. Sabe como é que é né, ele é advogado, ela quis saber alguns detalhes sobre direitos autorais, claro que o Agenor deu uma ajuda e tal, e não cobrou nada, mas achei super sem compostura, muquirana, da parte dela, né?
Sofia: Ah, mas você sabe como esses escritores são né...
Clara: Ah é, mas eu falei tudo, tudinho. E o pior é que fiquei sabendo que ela ia dar um sumiço no Paulo. Logo agora que o bonitão me convidou pra ir ao cinema, tudo ia bem...
Sofia: Ela me parece uma daquelas pessoas que usam o pessimismo como mecanismo de defesa, sabe? Tipo, preferem imaginar tudo de ruim, tudo mesmo, porque assim acham que não terão surpresas ruins... sei lá.
Dora: Ah é, tudo tem sempre um porém com ela... preferia estar numa novela do Benedito, da Glória, vocês sabem, sempre acaba em casamento, gravidez, herança... isso daqui não está indo a lugar nenhum.
Sofia: Mas com ela tem sempre esse "quid pro quo". Ela dá com uma mão e toma com a outra...
Clara: E se a gente fizer a história dar certo, hein? Tipo assim, na marra?!
Clara: Liguei, liguei mesmo.
Dora: Você não falou que fui eu que te dei o telefone dela, né?
Clara: Claro que não, não disse nada.
Sofia: Mas como é que você tinha o telefone dela em primeiro lugar, Dora?
Dora: O Agenor, meu marido na história, tinha. Sabe como é que é né, ele é advogado, ela quis saber alguns detalhes sobre direitos autorais, claro que o Agenor deu uma ajuda e tal, e não cobrou nada, mas achei super sem compostura, muquirana, da parte dela, né?
Sofia: Ah, mas você sabe como esses escritores são né...
Clara: Ah é, mas eu falei tudo, tudinho. E o pior é que fiquei sabendo que ela ia dar um sumiço no Paulo. Logo agora que o bonitão me convidou pra ir ao cinema, tudo ia bem...
Sofia: Ela me parece uma daquelas pessoas que usam o pessimismo como mecanismo de defesa, sabe? Tipo, preferem imaginar tudo de ruim, tudo mesmo, porque assim acham que não terão surpresas ruins... sei lá.
Dora: Ah é, tudo tem sempre um porém com ela... preferia estar numa novela do Benedito, da Glória, vocês sabem, sempre acaba em casamento, gravidez, herança... isso daqui não está indo a lugar nenhum.
Sofia: Mas com ela tem sempre esse "quid pro quo". Ela dá com uma mão e toma com a outra...
Clara: E se a gente fizer a história dar certo, hein? Tipo assim, na marra?!
Monday, April 19, 2004
*Ler primeiro o post anterior "Mundos distantes....". E nos arquivos, ler "Mundos paralelos: indivíduos adjascentes".
- Alô.
- É do Poucas e Boas?
- Com quem você gostaria de falar?
- Você que é a escritora? então é com você mesma...
- Quem é?
- Ah, agora vai fingir que não me reconhece? É a Clara.
- Clara... minha personagem? Impossível.
- Impossível nada. Ó, tá me ouvindo? Tô bem aqui, do outro lado da linha.
- Mas eu nunca dou meu celular pra personagens...
- É o seguinte, eu não agüento mais. Primeiro você começou a história toda cheia de estilo, de palavras bacanas, de tramas confusas... quase matou a Dora, botou a Sofia numa deprê profunda e me deixou a ver navios com os meus namoradinhos. Aí apareceu aquele cara das palavras-cruzadas. Muito bacana, o pessoal até elogiou e eu achei que podia ficar tranqüila, que as coisas estavam dando certo e minha história estava chegando ao final feliz. Só que aí, misteriosamente você parou de escrever. E eu nunca beijei o Paulo, nunca!!! Tá me ouvindo?
- Você beijou sim, ficou subentendido.
- Nem vem que não tem, não há beijo subentendido, ou fode ou desocupa a moita. Aliás, por falar nisso...
- Ai, meu São Benedito...
- E tem mais, eu tenho o direito de ser feliz, poxa vida, acho sou uma personagem com potencial pra felicidade, mas esse último texto, pelamordedeus, tá muito ruim... Que história é essa de mar, de sábado de manhã, de se largar no sofá... Pô, tem que dar uma continuidade, eu achava que eu morava em São Paulo. Qual não foi minha surpresa ao me ver nesse tal apartamento com vista pro mar...onde estou, hein?
- Ai, Clara, menina, sabe que eu mesma me pergunto isso diariamente?
- É, mas a história é sobre quem? Eu ou você?
- Alô.
- É do Poucas e Boas?
- Com quem você gostaria de falar?
- Você que é a escritora? então é com você mesma...
- Quem é?
- Ah, agora vai fingir que não me reconhece? É a Clara.
- Clara... minha personagem? Impossível.
- Impossível nada. Ó, tá me ouvindo? Tô bem aqui, do outro lado da linha.
- Mas eu nunca dou meu celular pra personagens...
- É o seguinte, eu não agüento mais. Primeiro você começou a história toda cheia de estilo, de palavras bacanas, de tramas confusas... quase matou a Dora, botou a Sofia numa deprê profunda e me deixou a ver navios com os meus namoradinhos. Aí apareceu aquele cara das palavras-cruzadas. Muito bacana, o pessoal até elogiou e eu achei que podia ficar tranqüila, que as coisas estavam dando certo e minha história estava chegando ao final feliz. Só que aí, misteriosamente você parou de escrever. E eu nunca beijei o Paulo, nunca!!! Tá me ouvindo?
- Você beijou sim, ficou subentendido.
- Nem vem que não tem, não há beijo subentendido, ou fode ou desocupa a moita. Aliás, por falar nisso...
- Ai, meu São Benedito...
- E tem mais, eu tenho o direito de ser feliz, poxa vida, acho sou uma personagem com potencial pra felicidade, mas esse último texto, pelamordedeus, tá muito ruim... Que história é essa de mar, de sábado de manhã, de se largar no sofá... Pô, tem que dar uma continuidade, eu achava que eu morava em São Paulo. Qual não foi minha surpresa ao me ver nesse tal apartamento com vista pro mar...onde estou, hein?
- Ai, Clara, menina, sabe que eu mesma me pergunto isso diariamente?
- É, mas a história é sobre quem? Eu ou você?
Friday, April 16, 2004
Mundos distantes: um sábado qualquer.
Clara entrou em casa e largou-se no sofá. A cara enfiada numa almofada, não queria luz do dia, não queria ver nada, queria entregar-se ao filme de sua memória, lembrar-se dos detalhes mais simples de tudo, do gosto de um beijo, das cócegas que sentiu quando aquela mão pousou em sua cintura, e por fim de tudo que acontecera em sua vida até ali, porque Clara, naquele momento, acreditava que tudo, todo erro, todo acerto, toda mudança, toda dor achava sua razão e sua explicação ali, naquela doce manhã de sábado, aquela calma manhã, aquele dia azul, e aquele pássaro pescando no mar em frente a sua casa. Quis controlar-se, mas o peito embargado de sentimentos sem nome, de sensações esquisitas, o frio na barriga, indicavam uma situação que ela conhecia muito bem. Era algo como "o que a planta deve sentir quando abotoa a primeira flor" (Machado de Assis). Colocou uma música. Marisa Monte. Não, Marisa Monte, não. Yo Yo Ma, aquele CD dos tangos. Tango faz muito sentido nessas ocasiões. E o dia passou por ela enquanto uma raíz de esperança, apesar de todo tango, tentava se fincar no solo ressecado de seu coração.
Thursday, April 15, 2004
(...)
Sì, straniero, quando sei giunto,
con angoscia ho sentito
il brivido fatale
di questo mal supremo.
(...)
C'era negli occhi tuoi
la luce degli eroi.
C'era negli occhi tuoi
la superba certezza...
E t'ho odiato per quella...
E per quella t'ho amato,
tormentata e divisa
fra due terrori uguali:
vincerti o esser vinta...
E vinta son... Ah! Vinta,
più che dall'alta prova,
da questa febbre che mi vien da te...
G. Puccini, Turandot
*Leia a tradução nos comments.
Sì, straniero, quando sei giunto,
con angoscia ho sentito
il brivido fatale
di questo mal supremo.
(...)
C'era negli occhi tuoi
la luce degli eroi.
C'era negli occhi tuoi
la superba certezza...
E t'ho odiato per quella...
E per quella t'ho amato,
tormentata e divisa
fra due terrori uguali:
vincerti o esser vinta...
E vinta son... Ah! Vinta,
più che dall'alta prova,
da questa febbre che mi vien da te...
G. Puccini, Turandot
*Leia a tradução nos comments.
Monday, April 12, 2004
E no meio de tanta gente...
De repente um barco no meio da história, no meio do mar. Num domingo gostoso, ensolarado, sem rumo certo, sem pressa. Esse domingo transformou-se numa sexta-feira, noite estrelada, refletida em piscinas iluminadas, em líquidos coloridos em copos de falso cristal. Agora pressa, agora rumo definido, um beijo, ressonando por todos os lados, espalhando-se na areia, atirando-se ao mar. Um beijo azul enluarado que, como as ondas do mar fingem que terminam mas continuam, e continuam infinitamente, pela noite adentro, pela vida afora. Mas agora era manhã e uma gaivota caçava, inaugurando o sábado. O mar fingia não ter ondas, pra que as risadas e as conversas, que fingiam não ter pressa, pudessem se sobressair. E de repente, de frente aos azuis que se encontravam delimitando uma linha imaginária onde não termina o mar nem começa o céu, eu percebo que isso tudo é só o meio da história.
Tuesday, April 06, 2004
Just the average love story.
Pense comigo: você é um cara normal, nem bonito, nem feio, nem magro, nem gordo, nem alto, nem baixo, nem engraçado, nem muito inteligente... Mas você é muito rico. E fora isso tudo, você resolveu participar de um reality show chamado Average Joe (uma boazuda escolhe um namorado dentre um grupo de caras normais) assumindo suas próprias limitações no campo romântico perante milhões e milhões de telespectadores americanos ávidos por "realidade".
Daí, você está na liderança e, só pra sacanear - porque ninguém vai ganhando reality show assim numa boa, sem comer lesmas vivas, sem pular de veículos em movimento, sem passar por maus bocados - a produção introduz na brincadeira um grupo de, como dizer, modelo-manequim-ator Joes, pra concorrerem com os average-men. E você é o finalista do grupo dos normais, disputando o coração da solteirona com um projeto de Brad Pitt. Ok, quem vocês acham que a moçoila escolheu, hein?
É claro que foi o bonitão. Ué, o que vocês esperavam de uma cocota que se sujeita a isso em televisão nacional?
Mas o país inteiro (formado por average joes assumidos) tomou as dores do rapaz rejeitado e quiseram lhe fazer justiça. Average Joe 2 - Adam returns!!! E o tal Adam passou os últimos meses com umas vinte gatinhas, se divertindo de montão. Sob o pretexto de escolher uma namorada, beijou todas, tirou casquinha em tv nacional, fez tudo o que tinha direito. Afinal, leitor, se fosse você, você também não faria a festa?
No final, sobraram duas: Rachel e Sam. Uma bonitinha, meiguinha, ajeitadinha, inteligentinha, apaixonadinha. A outra charmosona, super fashion, super produzida, super maquiada, super dissimulada, super sabichona.
Vocês podem ouvir o rufar de tambores? Não? Nem eu. Não teve suspense nenhum. É claro que ele escolheu a segunda, a peruona da Sam. Se você é um average Joe que já assumiu publicamente que tem problemas para arranjar namoradas, você, em sã consciência, vai escolher a average jane pra namorar, quando te dão a chance de pegar aquela que é, sempre foi, muita areia pro seu caminhãozinho? Não, né. E eles partiram num jatinho juntos, tudo bem produzidão, bem "fachada", bem á là reality show.
Moral da história? Tá tudo ao contrário. Tudo.
Daí, você está na liderança e, só pra sacanear - porque ninguém vai ganhando reality show assim numa boa, sem comer lesmas vivas, sem pular de veículos em movimento, sem passar por maus bocados - a produção introduz na brincadeira um grupo de, como dizer, modelo-manequim-ator Joes, pra concorrerem com os average-men. E você é o finalista do grupo dos normais, disputando o coração da solteirona com um projeto de Brad Pitt. Ok, quem vocês acham que a moçoila escolheu, hein?
É claro que foi o bonitão. Ué, o que vocês esperavam de uma cocota que se sujeita a isso em televisão nacional?
Mas o país inteiro (formado por average joes assumidos) tomou as dores do rapaz rejeitado e quiseram lhe fazer justiça. Average Joe 2 - Adam returns!!! E o tal Adam passou os últimos meses com umas vinte gatinhas, se divertindo de montão. Sob o pretexto de escolher uma namorada, beijou todas, tirou casquinha em tv nacional, fez tudo o que tinha direito. Afinal, leitor, se fosse você, você também não faria a festa?
No final, sobraram duas: Rachel e Sam. Uma bonitinha, meiguinha, ajeitadinha, inteligentinha, apaixonadinha. A outra charmosona, super fashion, super produzida, super maquiada, super dissimulada, super sabichona.
Vocês podem ouvir o rufar de tambores? Não? Nem eu. Não teve suspense nenhum. É claro que ele escolheu a segunda, a peruona da Sam. Se você é um average Joe que já assumiu publicamente que tem problemas para arranjar namoradas, você, em sã consciência, vai escolher a average jane pra namorar, quando te dão a chance de pegar aquela que é, sempre foi, muita areia pro seu caminhãozinho? Não, né. E eles partiram num jatinho juntos, tudo bem produzidão, bem "fachada", bem á là reality show.
Moral da história? Tá tudo ao contrário. Tudo.
Thursday, April 01, 2004
Thanks, Mr. Porter.
As Dorothy Parker once said
To her boyfriend, "fare thee well"
As Columbus announced
When he knew he was bounced,
"It was swell, Isabel, swell"
As Abelard said to Eloise,
"Don't forget to drop a line to me, please"
As Juliet cried, in her Romeo's ear,
"Romeo, why not face the fact, my dear"
It was just one of those things
Just one of those crazy flings
One of those bells that now and then rings
Just one of those things
It was just one of those nights
Just one of those fabulous flights
A trip to the moon on gossamer wings
Just one of those things
If we'd thought a bit, of the end of it
When we started painting the town
We'd have been aware that our love affair
Was too hot, not to cool down
So good-bye, dear, and amen
Here's hoping we meet now and then
It was great fun
But it was just one of those things
Tava faltando uma letrinha de música, porque blog que é blog, tem que ter. Sempre me pego pensando como sou muito comum mesmo... o que eu sinto, todo mundo já sentiu antes. E, mais que isso, já escreveram sobre isso, já foi musical da Broadway, já tá manjadíssimo e eu aqui, querendo inventar moda. Ah, just one of those things...
To her boyfriend, "fare thee well"
As Columbus announced
When he knew he was bounced,
"It was swell, Isabel, swell"
As Abelard said to Eloise,
"Don't forget to drop a line to me, please"
As Juliet cried, in her Romeo's ear,
"Romeo, why not face the fact, my dear"
It was just one of those things
Just one of those crazy flings
One of those bells that now and then rings
Just one of those things
It was just one of those nights
Just one of those fabulous flights
A trip to the moon on gossamer wings
Just one of those things
If we'd thought a bit, of the end of it
When we started painting the town
We'd have been aware that our love affair
Was too hot, not to cool down
So good-bye, dear, and amen
Here's hoping we meet now and then
It was great fun
But it was just one of those things
Tava faltando uma letrinha de música, porque blog que é blog, tem que ter. Sempre me pego pensando como sou muito comum mesmo... o que eu sinto, todo mundo já sentiu antes. E, mais que isso, já escreveram sobre isso, já foi musical da Broadway, já tá manjadíssimo e eu aqui, querendo inventar moda. Ah, just one of those things...
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