Friday, September 24, 2004

Mais que nada

N. da E.: infelizmente sem acentos... cyber café italiano...

Antes me consolava pensando que nada sabia. Oras bolas, nao saber qualquer coisa era apenas uma pequena parte momentanea do meu nao-saber, doença jà conhecida, tipo aquela enxaqueca que vem de vez em quando, a gente nem liga muito, toma-se uma Neosaldina e pronto. Agora, infelizmente, quanto mais eu reparo menos eu sei. Estou falando de menos que nada. Ou mais que nada. Sei là. Como aqueles cientistas que a cada ano descobrem que o universo é maior do que eles imaginavam. O nada também. Cada ano que passa, como um big bang ao contrario, coisas que outrora faziam sentido simplesmente se desvirtuam, e meu nada cresce exponencialmente.

Quando releio livros, posts, cartas, certas vezes, é como se eu nunca os tivesse lido antes, e me assusto: a memòria é o buraco negro do meu universo nulo. E eu nem sempre me reconheço ou reencontro as impressoes de antes.

E, apesar de tudo isso, é a primeira vez na minha vida que estou feliz com o tamanho da minha bunda.

Deveras, it doesn't make any sense after all.

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