I sit down in the kitchen with my breakfast, everyday, and I talk to the trees outside the window, to the green mountains in the back, to the wind, about all the things I remember from my childhood. How naughty I was. All the times I lied to my parents or did wrong things knowing they were wrong... I must have been a horrible daughter, at times. I was a weird child. And grew up into a weirder teenager. And then by magic I became a decent adult. I think (maybe that's how it's supposed to be). I remember clearly my mother telling me I would someday pay my dues when I would have had kids of my own.
But then I come across some other memories... opening my lunch box and finding always something different, some surprise, sometimes there would be a twinkie - do they have twinkies here in Italy? Everyday a different fruit juice... but the most delicious thing, that sort of imprinted the taste of my childhood and was a lunch box classic, was this sandwich of thinly sliced bread, a veil of mayonnaise on either side and ham, sometimes also cheese. I tried to make myself one repeatedly but that taste somehow is never there. And I talk about and remember all these things because I'm gonna have to tell you all about it. And there are so many memories I am collecting for you...because you'll have to savour your childhood well for some flavors and smells, and sometimes some people too, remain in the past.
And in just a little time I won't be talking to myself in the kitchen anymore.
Thursday, July 17, 2008
Friday, May 23, 2008
inside out
Why is it that when you finally get something you always wanted it feels so ... messed up. Weird. In a way, even wrong... I feel like my body is doing everything by itself. It's all involuntary right now. You burp, you fart, you wake up at night and your eyelids shut during the day when you are supposed to be working. The body is totaly taking over. And the thing I like the most which is eating, is the hardest to do right now. It's all comando.
I remember a ride on a theme park when I was maybe 10 years old, it was like a visit of a woman's body... I know it sounds like anything but a ride, but I swear that's what it was. So you start the visit up her legs, I think, and then you could see the human body from the inside. Funny enough, that's how I feel, like as if there were creatures visiting my insides, and the problem is they can see me and I can't see them. Or control anything.
I remember a ride on a theme park when I was maybe 10 years old, it was like a visit of a woman's body... I know it sounds like anything but a ride, but I swear that's what it was. So you start the visit up her legs, I think, and then you could see the human body from the inside. Funny enough, that's how I feel, like as if there were creatures visiting my insides, and the problem is they can see me and I can't see them. Or control anything.
Monday, May 12, 2008
Reality check - italian edition: Sicko My Ass.
O Michael Moore escolheu muito bem os casos reais e as pessoas que apareceram como testemunhas no seu ultimo filme Sicko. Queria que ele tivesse vindo aqui em Genova, e quem sabe gravado a minha manha na espera do hospital. Claro, eu só perdi 2 horas, primeiro esperando numa fila com 50 pessoas na frente. Quando estava pra chegar o meu numero, uma senhora do hospital apareceu perguntando quem não tinha pagado ainda o "ticket" - que seria como um valor simbólico pra você ser atendido ou fazer exames (simbólico pero no mucho, vai de 12 a 30 euros...). Eu aproveitei a deixa da senhora e como não tinha pagado ainda (nunca pagar antes de saber o que você tem que fazer) e resolvi pedir informação sobre o que eu tinha que fazer. Obviamente, toda a meia hora que eu tinha esperado tinha sido jogada no lixo, porque logo essa mulher foi me falando que eu tinha que ir direto na ginecologia que e' no segundo andar - elevador da direita - e esperar la. Ok, o elevador da direita não estava querendo colaborar, pra não perder mais outros minutos preciosos, eu subi de escada. Do primeiro andar pra cima, tinham sinais que diziam "psiquiatria, 6 andar sempre por essa escadaria" (prestem atenção pois isso sera importante mais pra frente da historia).
Segundo andar, um monte de mulheres gravidas se abanando (toda gravida se abana e quase sempre e' com a ecografia ou outros exames do filho que vai nascer). Estou no lugar certo? Não sei. Não tem ninguém pra pedir informação. As gravidas barrigudas são simpáticas e me dizem que estão na fila pra saber o que fazer. Otimo, pergunto quem e' a ultima e me posiciono. Quando chega a minha vez e' obviamente a enfermeira mais antipática que vem me atender. E obviamente de novo os 10 minutos que esperei ali foram jogados no lixo pois ela me diz que devo esperar na porta ao lado. Sei, sei, vocês estão se perguntando "mas esperar por que e por quem?" e estão pensando que eu conto historias muito mal porque estou deixando o leitor a cada frase mais confuso. Não, minha gente, eu posso ate não ser a melhor contadora de historias do mundo, mas eu estou tentando fazer o relato o mais realisticamente possível e era assim mesmo que o povo me dizia, olhava o pedido do medico que eu tinha em mãos e me mandava pra outro andar, pra outra porta, sem me dizer mais nada. E quando eu pegava folego pra perguntar alguma coisa a pessoa ou tinha sumido com um passe de magica ou ja estava falando com uma outra pessoa gravida.
Abro um parenteses pra dizer que acho que no ano de 2008 a taxa de crescimento vegetativo italiana vai quadruplicar pelo que vejo. E' uma superlotação de gravidas no hospital. Mas enfim, de alguma maneira, os italianos conseguem sempre morrer mais que nascer. E' um fenômeno de interessantes desdobramentos sócio-culturais e filosóficos.
Voltando aos fatos, agora estou de frente a uma portinha cheia de avisos de coisas que eu não consigo entender. Quero deixar claro pros leitores que eu sei falar italiano perfeitamente bem. Que tem gente que não acredita que eu não sou italiana e que o meu léxico e' fantástico. Ok, descartando um possível problema de idioma e percebendo que eu não sou tao burra assim, vai, eu ate sou "meia" inteligente, e' tudo feito pra não ser entendido mesmo. Pra fazer as gravidas ficarem fazendo filas longas calorentas e as pessoas normais (sim, gravida e' anormal) perderem o dobro, senão o triplo, do tempo que se poderia gastar pra tirar 3, 4 tubinhos de sangue, meter uma etiquetinha e dizer "volta na semana que vem pra pegar o resultado, obrigado, ate logo".
Acontece que nessa segunda portinha dizia também pra não bater, pra esperar. Mas, vocês vão concordar comigo que depois desse périplo eu não ia ficar la pagando pau pra fila de novo e já estava começando a perder a paciência. O que eu fiz? Eu bati, toc-toc-toc. E saiu uma enfermeira com olhar de reprovação. Aqui, missão cumprida, nem 1 minuto de espera. Não fosse pela menina antipática da porta do lado que saiu na mesma hora pra me dizer "Senhora, e' pra esperar ate' a porta abrir, não pode bater, você não viu o aviso?!" Nessa hora, cara de estrangeira funciona sempre. Essa segunda enfermeira se revelou muito simpática e imaginei que ela também não gostava daquela primeira que se achava que veio me dar bronca no corredor e tal, portanto aconteceu aquela identificação imediata entre eu e a enfermeira gordita (porque sera?). Ok. Gente agora vem a parte mais engraçada. A gordita olha os pedidos do medico e me diz, não não, você tem que esperar aqui do lado mesmo, ou seja, da onde eu tinha acabado de sair. Ah, gente, eu ri. Eu ri de verdade. Eu dei uma risada pra tentar descontrair o ambiente, o pessoal vestido de branco, as gravidas barrigudas calorentas. Alguns riram comigo, porque se tem uma coisa que não existe na Itália, na Itália inteirinha, em todo o pais, não e' uma hipérbole, e' a tal da privacidade. Alias, não existe uma palavra em italiano pra privacidade. Não estou estou brincando, aqui, quando alguem quer ilustrar o conceito (obtendo inevitavelmente um exito ruim) se usa "privacy" em inglês. Mas ninguém sabe o que e'. E por isso eu estava discutindo no meio do corredor a meia hora com enfermeiras e senhorinhas que cazzo eu tinha que fazer pra conseguir alguem com um garrote, uma seringa e 3 ou 4 tubinhos pra tirar meu sangue?
Outro parenteses, eu odeio tirar sangue. Gente se tem uma coisa na vida que me da arrepios e me faz sentir mal dias antes e' o exame do sangue. E eu tinha me preparado psicologicamente pra faze-lo hoje. Mas estava começando a entrever um desfecho negativo pra mim.
A gordita, depois que viramos melhores amigas, disse que ia me ajudar, entrou na sua portinha imaculada na qual não se pode bater e me disse pra esperar fora. Ai quanto mistério... Voltou com uns formulários já preenchidos e me disse - ufa, juro por deus que essa foi a primeira vez que alguem me disse alguma coisa esta manhã , quer dizer, que alguma informação foi passada pra mim sobre os exames que deveria fazer e como e quando. Mas a desfortuna era que eu deveria voltar pra fila do lado, a porta da antipaticona, pra marcar os exames porque, afinal de contas, vejam vocês, já era tarde demais pra fazer coleta de sangue. Eu não quis entrar no mérito que eu já estava ali indo de fila em fila fazia quase 2 horas. Achei melhor não jogar a culpa na minha única aliada do hospital, não queria disturbar-la com essas pequenezas.
Bom, volto pra fila 1, espero 5 minutinhos, e entro de novo na sala. No fundo tem uma outra enfermeira muito mais antipática que a primeira, (me sinto ate' um pouco mais sortuda nesse momento) falando com uma paciente no telefone sobre exames, resultados, com riqueza de detalhes e nomes - o que numa cidade pequena como Genova, e' fácil que vire boato logo, tipo Fulaninha Parodi Bruzzone Sanguinetti esta com uma doença venérea hahaha. Mas dai como vocês aprenderam hoje, na Itália não existe palavra pra privacidade.... E finalmente a minha enfermeira menos antipática resolve dar uma olhada no calendário. Marca um exame pra amanha, mas atenção amanha tenho que passar primeiro embaixo e pagar o ticket e depois subir pra tirar o sanguinho, e o outro exame esta marcado pro dia 13 de junho, sim, daqui a um mês.
Se eu tiver tempo juro que vou traduzir e mandar pro Michael Moore. Olha ai a saúde pública do 2o colocado no mundo nesse quesito. Primeiro a Franca, depois a Itália. Mas eu não paguei nada hoje, quer dizer não tirei nada do bolso e não consegui fazer nada, mas perdi horas de trabalho, que valiam dinheiro, ou seja, desvantagem total pra mim. E amanha tenho que pagar. E quando voltar pro exame do 13 de junho vou ter que pagar também. Espero só que eu consiga ouvir o resto da historia da fulaninha com DST que tinha que refazer o exame. E sinceramente, se tivessem me contado essa historia antes e eu tivesse tido a opção de pagar caro e resolver o assunto, ou esperar e pagar menos, col cazzo que eu ficar brincando de dança das portas a manha toda em jejum.
Ah, na volta, quando estava saindo, avaliei seriamente a possibilidade de subir outros 3 andares e dar uma passadinha na psiquiatria. Mas dai, eu realmente tinha que ir embora e se eu chegasse la' naquele estado psicológico agravado, provavelmente me internavam. A única vantagem e' que internado não tem que pagar a merda do ticket.
Segundo andar, um monte de mulheres gravidas se abanando (toda gravida se abana e quase sempre e' com a ecografia ou outros exames do filho que vai nascer). Estou no lugar certo? Não sei. Não tem ninguém pra pedir informação. As gravidas barrigudas são simpáticas e me dizem que estão na fila pra saber o que fazer. Otimo, pergunto quem e' a ultima e me posiciono. Quando chega a minha vez e' obviamente a enfermeira mais antipática que vem me atender. E obviamente de novo os 10 minutos que esperei ali foram jogados no lixo pois ela me diz que devo esperar na porta ao lado. Sei, sei, vocês estão se perguntando "mas esperar por que e por quem?" e estão pensando que eu conto historias muito mal porque estou deixando o leitor a cada frase mais confuso. Não, minha gente, eu posso ate não ser a melhor contadora de historias do mundo, mas eu estou tentando fazer o relato o mais realisticamente possível e era assim mesmo que o povo me dizia, olhava o pedido do medico que eu tinha em mãos e me mandava pra outro andar, pra outra porta, sem me dizer mais nada. E quando eu pegava folego pra perguntar alguma coisa a pessoa ou tinha sumido com um passe de magica ou ja estava falando com uma outra pessoa gravida.
Abro um parenteses pra dizer que acho que no ano de 2008 a taxa de crescimento vegetativo italiana vai quadruplicar pelo que vejo. E' uma superlotação de gravidas no hospital. Mas enfim, de alguma maneira, os italianos conseguem sempre morrer mais que nascer. E' um fenômeno de interessantes desdobramentos sócio-culturais e filosóficos.
Voltando aos fatos, agora estou de frente a uma portinha cheia de avisos de coisas que eu não consigo entender. Quero deixar claro pros leitores que eu sei falar italiano perfeitamente bem. Que tem gente que não acredita que eu não sou italiana e que o meu léxico e' fantástico. Ok, descartando um possível problema de idioma e percebendo que eu não sou tao burra assim, vai, eu ate sou "meia" inteligente, e' tudo feito pra não ser entendido mesmo. Pra fazer as gravidas ficarem fazendo filas longas calorentas e as pessoas normais (sim, gravida e' anormal) perderem o dobro, senão o triplo, do tempo que se poderia gastar pra tirar 3, 4 tubinhos de sangue, meter uma etiquetinha e dizer "volta na semana que vem pra pegar o resultado, obrigado, ate logo".
Acontece que nessa segunda portinha dizia também pra não bater, pra esperar. Mas, vocês vão concordar comigo que depois desse périplo eu não ia ficar la pagando pau pra fila de novo e já estava começando a perder a paciência. O que eu fiz? Eu bati, toc-toc-toc. E saiu uma enfermeira com olhar de reprovação. Aqui, missão cumprida, nem 1 minuto de espera. Não fosse pela menina antipática da porta do lado que saiu na mesma hora pra me dizer "Senhora, e' pra esperar ate' a porta abrir, não pode bater, você não viu o aviso?!" Nessa hora, cara de estrangeira funciona sempre. Essa segunda enfermeira se revelou muito simpática e imaginei que ela também não gostava daquela primeira que se achava que veio me dar bronca no corredor e tal, portanto aconteceu aquela identificação imediata entre eu e a enfermeira gordita (porque sera?). Ok. Gente agora vem a parte mais engraçada. A gordita olha os pedidos do medico e me diz, não não, você tem que esperar aqui do lado mesmo, ou seja, da onde eu tinha acabado de sair. Ah, gente, eu ri. Eu ri de verdade. Eu dei uma risada pra tentar descontrair o ambiente, o pessoal vestido de branco, as gravidas barrigudas calorentas. Alguns riram comigo, porque se tem uma coisa que não existe na Itália, na Itália inteirinha, em todo o pais, não e' uma hipérbole, e' a tal da privacidade. Alias, não existe uma palavra em italiano pra privacidade. Não estou estou brincando, aqui, quando alguem quer ilustrar o conceito (obtendo inevitavelmente um exito ruim) se usa "privacy" em inglês. Mas ninguém sabe o que e'. E por isso eu estava discutindo no meio do corredor a meia hora com enfermeiras e senhorinhas que cazzo eu tinha que fazer pra conseguir alguem com um garrote, uma seringa e 3 ou 4 tubinhos pra tirar meu sangue?
Outro parenteses, eu odeio tirar sangue. Gente se tem uma coisa na vida que me da arrepios e me faz sentir mal dias antes e' o exame do sangue. E eu tinha me preparado psicologicamente pra faze-lo hoje. Mas estava começando a entrever um desfecho negativo pra mim.
A gordita, depois que viramos melhores amigas, disse que ia me ajudar, entrou na sua portinha imaculada na qual não se pode bater e me disse pra esperar fora. Ai quanto mistério... Voltou com uns formulários já preenchidos e me disse - ufa, juro por deus que essa foi a primeira vez que alguem me disse alguma coisa esta manhã , quer dizer, que alguma informação foi passada pra mim sobre os exames que deveria fazer e como e quando. Mas a desfortuna era que eu deveria voltar pra fila do lado, a porta da antipaticona, pra marcar os exames porque, afinal de contas, vejam vocês, já era tarde demais pra fazer coleta de sangue. Eu não quis entrar no mérito que eu já estava ali indo de fila em fila fazia quase 2 horas. Achei melhor não jogar a culpa na minha única aliada do hospital, não queria disturbar-la com essas pequenezas.
Bom, volto pra fila 1, espero 5 minutinhos, e entro de novo na sala. No fundo tem uma outra enfermeira muito mais antipática que a primeira, (me sinto ate' um pouco mais sortuda nesse momento) falando com uma paciente no telefone sobre exames, resultados, com riqueza de detalhes e nomes - o que numa cidade pequena como Genova, e' fácil que vire boato logo, tipo Fulaninha Parodi Bruzzone Sanguinetti esta com uma doença venérea hahaha. Mas dai como vocês aprenderam hoje, na Itália não existe palavra pra privacidade.... E finalmente a minha enfermeira menos antipática resolve dar uma olhada no calendário. Marca um exame pra amanha, mas atenção amanha tenho que passar primeiro embaixo e pagar o ticket e depois subir pra tirar o sanguinho, e o outro exame esta marcado pro dia 13 de junho, sim, daqui a um mês.
Se eu tiver tempo juro que vou traduzir e mandar pro Michael Moore. Olha ai a saúde pública do 2o colocado no mundo nesse quesito. Primeiro a Franca, depois a Itália. Mas eu não paguei nada hoje, quer dizer não tirei nada do bolso e não consegui fazer nada, mas perdi horas de trabalho, que valiam dinheiro, ou seja, desvantagem total pra mim. E amanha tenho que pagar. E quando voltar pro exame do 13 de junho vou ter que pagar também. Espero só que eu consiga ouvir o resto da historia da fulaninha com DST que tinha que refazer o exame. E sinceramente, se tivessem me contado essa historia antes e eu tivesse tido a opção de pagar caro e resolver o assunto, ou esperar e pagar menos, col cazzo que eu ficar brincando de dança das portas a manha toda em jejum.
Ah, na volta, quando estava saindo, avaliei seriamente a possibilidade de subir outros 3 andares e dar uma passadinha na psiquiatria. Mas dai, eu realmente tinha que ir embora e se eu chegasse la' naquele estado psicológico agravado, provavelmente me internavam. A única vantagem e' que internado não tem que pagar a merda do ticket.
Friday, May 09, 2008
sublime joy
I went from super anxious to fabulously blase'. But also, numb could be a good definition. I think there's some hormone that operates that (some? talk about the works, loads of them all over your body, 24/7 hormones, filling in the blanks for you everytime you get your mind off of something, literally, there's no free time anymore...)
Don't get me wrong, I am happy. I swear I am and I would prove it right now if I only knew how to. (Don't expect me to begin knitting).
So right now, the next phase is depression, I suppose, so, basically crying. When you shower, when you eat, when you don't eat, when you crave and can't find the thing you're craving, when you wake up and for some reason everything's uncertain, none can give you clear answers, you'd figure, since it's always been the same thing from the beginning of time, and now with our so-called modern science you'd think, I did, that they would give you a document with bullet points of things you can't and can do, things you will feel, things that are going to happen. But no. It's here, on blogs like this, that you have to go fishing for, mind you, no science talk, but some girlfriend's guide to the deed. And it helped.
But, hey, girlfriend, one thing you should know is that the beginning is really hard. Nobody says that. Because you feel so lonely. And you are. Wait, no, you are not. And you will never be alone again. Because now you are with child. And when it finally kicks in, I bet it's all the joy sublime.
So wait, I'll keep you posted. Sincerely.
Don't get me wrong, I am happy. I swear I am and I would prove it right now if I only knew how to. (Don't expect me to begin knitting).
So right now, the next phase is depression, I suppose, so, basically crying. When you shower, when you eat, when you don't eat, when you crave and can't find the thing you're craving, when you wake up and for some reason everything's uncertain, none can give you clear answers, you'd figure, since it's always been the same thing from the beginning of time, and now with our so-called modern science you'd think, I did, that they would give you a document with bullet points of things you can't and can do, things you will feel, things that are going to happen. But no. It's here, on blogs like this, that you have to go fishing for, mind you, no science talk, but some girlfriend's guide to the deed. And it helped.
But, hey, girlfriend, one thing you should know is that the beginning is really hard. Nobody says that. Because you feel so lonely. And you are. Wait, no, you are not. And you will never be alone again. Because now you are with child. And when it finally kicks in, I bet it's all the joy sublime.
So wait, I'll keep you posted. Sincerely.
Friday, March 02, 2007
Mais uma dose...
- Cloridrato de Sibutramina.
- E?
- Só.
- Pílula anticoncepcional conta?
- Conta.
- Então, é isso mesmo, sibutramina e pílula. E a bombinha de asma.
- Quantas vezes ao dia?
- Uma.
- ...
- Uma de manhã e outra à noite. Duas vezes ao dia. 250mg.
- Café?
- Ah é, tem o café também. 2 ou 3.
- Álcool?
- Pouco, aqui e ali, em situações sociais... mas peraí, conta tudo? Tenho que contar tudo, tudinho? Então tá faltando o egg&bacon roll que eu comi no bar e uma porçao de cheetos... mas eu tava com tanta fome, tanta, tanta, eu não aguentei. E pra acompanhar eu pedi um guinness shandy. E acho que essa foi a maior droga do dia, ok?
- E?
- Só.
- Pílula anticoncepcional conta?
- Conta.
- Então, é isso mesmo, sibutramina e pílula. E a bombinha de asma.
- Quantas vezes ao dia?
- Uma.
- ...
- Uma de manhã e outra à noite. Duas vezes ao dia. 250mg.
- Café?
- Ah é, tem o café também. 2 ou 3.
- Álcool?
- Pouco, aqui e ali, em situações sociais... mas peraí, conta tudo? Tenho que contar tudo, tudinho? Então tá faltando o egg&bacon roll que eu comi no bar e uma porçao de cheetos... mas eu tava com tanta fome, tanta, tanta, eu não aguentei. E pra acompanhar eu pedi um guinness shandy. E acho que essa foi a maior droga do dia, ok?
Wednesday, February 28, 2007
Salute e figli maschi.
Me encontrei no supermercado com uma criança pequena no colo e uma outra um pouco mais velha dentro carrinho. Procurando produtos saudáveis, lendo etiquetas, a cena perfeita de um comercial de margarina. Ou leite, ou cotonetes. E foi aí que eu perguntei pra ela, ou seja, eu mesma, se estava feliz.
Nada faz sentido nesse inferno que é ter filhos, essa pança flácida, coberta de estrias. As tetas caídas. O carrinho do supermercado transbordando de merda saudável, verdurinhas, papinhas, fralda e tudo aquilo que mete raiva na gente. Na gente que é solteira e sem filhos, quero dizer.
É isso que você quer mesmo? Esse não estar nunca mais sozinho no mundo, ter alguém sempre carregando seu sobrenome e seu DNA pra te fazer passar vergonha em lugares públicos quando resolve ter um temper tantrum. Essa existência sobre a qual você não tem nenhum controle, ainda que todos as cagadas que esse ser humano fizer antes de 18 ou 21 can be and will be traced back to you. Esse outro ser humano que você, num momento de gloriosa fantasia, acreditando numa vocação divina dos homens, pensando na Bíblia e toda e qualquer papagaiada, resolveu botar no mundo. Esse filho para o qual você perdeu horas e horas escolhendo o nome, fazendo provas pra ver se rimava com palavrões, pra tentar prever como os filhos dos outros testa di cazzo gozariam da cara dele.
Ela (eu) me pergunta se é isso que eu quero mesmo. Não tem volta, sabia? As feministas se enganam, não tem pílula, nem aborto, nem pro-choice. Mulher quer mesmo é ter filho. Mesmo quando não pensa nisso, se prepara pra isso. É o norte magnético da mulher moderna, clássica, engajada, solteira, casada, feia, bonita. Não importa. Até aparecer naquele comercial de margarina e entender do que se trata, não sossega.
E eu fiquei sem resposta.
Nada faz sentido nesse inferno que é ter filhos, essa pança flácida, coberta de estrias. As tetas caídas. O carrinho do supermercado transbordando de merda saudável, verdurinhas, papinhas, fralda e tudo aquilo que mete raiva na gente. Na gente que é solteira e sem filhos, quero dizer.
É isso que você quer mesmo? Esse não estar nunca mais sozinho no mundo, ter alguém sempre carregando seu sobrenome e seu DNA pra te fazer passar vergonha em lugares públicos quando resolve ter um temper tantrum. Essa existência sobre a qual você não tem nenhum controle, ainda que todos as cagadas que esse ser humano fizer antes de 18 ou 21 can be and will be traced back to you. Esse outro ser humano que você, num momento de gloriosa fantasia, acreditando numa vocação divina dos homens, pensando na Bíblia e toda e qualquer papagaiada, resolveu botar no mundo. Esse filho para o qual você perdeu horas e horas escolhendo o nome, fazendo provas pra ver se rimava com palavrões, pra tentar prever como os filhos dos outros testa di cazzo gozariam da cara dele.
Ela (eu) me pergunta se é isso que eu quero mesmo. Não tem volta, sabia? As feministas se enganam, não tem pílula, nem aborto, nem pro-choice. Mulher quer mesmo é ter filho. Mesmo quando não pensa nisso, se prepara pra isso. É o norte magnético da mulher moderna, clássica, engajada, solteira, casada, feia, bonita. Não importa. Até aparecer naquele comercial de margarina e entender do que se trata, não sossega.
E eu fiquei sem resposta.
Monday, May 29, 2006
It's only a paper moon.
My thoughts linger nostalgically to my old days of silicone boobs, 14-dollar drinks in preppy-trendy places, the "by the pool" business and I'm telling you, all year round by the pool is unbeatable business, I once did my birthday party by the pool, it didn't work out quite right but anyways, you gotta be with the "in-crowd". The fantastic "2-for-1 night" all week long, if you know where to go, you know what I'm saying. The board walks, the dog walks, the power yoga, the eat-as-much-as-you-can king crab all seafood fresh from the pier buffets. The light mayo, light butter, egg beaters, the "90% natural cheese" cheese, all protein, no transfatty acids and no white flour, no sugar added, organic guaranteed, delicious one-meal shakes. The harassment-free, no questions asked, satisfaction or your money back, this call might be recorded for your own safety and please come back again we appreciate your business. The thousands of passwords and safety questions, mother's maiden name, dog's breed and credit cards with your photo. I miss it. And the whipped butter. And my light yogurt with real fruit. And the parking lot and the meters outside the movie theatre, the boardwalk and any road and the parking meter card "25 $ of tranquillity parking". Paper or plastic supermakets, over the counter 2-story drugstores with anything you could ever need in the case of diarrhea, unsafe sex and bad breath. The one million diet sodas and the large variety of peanut butter, mascara and aspirins. Ooh, don't let me forget about the always useful wax filled electric hair rollers. Really rocking. Do you get it? I miss my shower radio.
Wednesday, May 17, 2006
Trópicos.
O trópico de capricórnio existe? Ele é imaginário mas existe, tá lá em alguma posição exatinha, basta olhar no atlas. E é assim também com os 30. É uma linha imaginária, mas que existe, ó, exatinha, 30 anos depois que você nasceu. Que na prática são 3 décadas em que tudo somado, tudo calculado, tudo subtraído, faltou um monte de coisas. É isso, na prática, é isso. Tem sempre aquele negócio de pensar em como a gente pensava aos 15 que a gente seria aos 30. Eu pensava tudo diferente. Eu pensava que ia demorar mais, pensava também que me sentiria mais velha, e isso, é verdade verdadeira, me sinto muito menos velha - tudo mérito da Neutrogena com o fantástico sistema de microdermabrasion, quer rejuvenecer?, pergunte-me como. Comunque, pensava tudo diverso, 30 anos é a idade eterna dos meus pais, eles tiveram sempre 30 anos até que um dia fizeram 50. Mas eu não tenho filhos e agora tenho 30. Conflito. Trinta anos é tempo pra caramba. Imagina levar a roupa pra lavanderia e te pedirem pra voltar "daqui umas 3 décadas mais ou menos, mas nós ligamos pra avisar se ficar pronto antes. Olha que se a senhora quiser dá pra fazer em menos tempo, mas tem a taxa de urgência."
Sei lá. 30 já parece tanto.
E o resto, como será? Daqui por diante, como é? Quando é que vou me sentir velha, quando é que serei considerada velha mesmo, quando é que se começa a falsificar documentos, mentir em entrevistas, não dizer a idade simplesmente...?
Os sinos anunciam a meia noite do meu aniversário. E eu começo um dia que poderia ser como todos os outros sentindo-me estranha porque 30 anos atrás eu nasci. Que bobagem. Porém, ainda que imaginário, é um trópico e eu posso jurar que ele está bem aqui.
Sei lá. 30 já parece tanto.
E o resto, como será? Daqui por diante, como é? Quando é que vou me sentir velha, quando é que serei considerada velha mesmo, quando é que se começa a falsificar documentos, mentir em entrevistas, não dizer a idade simplesmente...?
Os sinos anunciam a meia noite do meu aniversário. E eu começo um dia que poderia ser como todos os outros sentindo-me estranha porque 30 anos atrás eu nasci. Que bobagem. Porém, ainda que imaginário, é um trópico e eu posso jurar que ele está bem aqui.
Saturday, May 13, 2006
Reality check: La dolce vita.
Europeu quando quer ser schifoso mesmo goes all the way to the rocky bottom. Desodorante que dura 7 dias, já viram isso? A idéia que exista toda uma industria para as pessoas que ficam dias sem tomar banho me preocupa: o carinha que inventou a formula depois de anos de pesquisa e testes em milhares de axilas voluntárias, a empresa que resolveu produzir, os supermercados que vendem o produto... e toda a gente que compra e usa o maldito desodorante de 7 dias. Bom, eu, que pego ônibus todo dia, sei que não funciona 100%.
Todos votam pela sinistra, nonostante queiram se ver livres de todos os imigrantes e dos turistas tambem. Essa gente dá muito trabalho. Os mais odiados sao os asiáticos. Sa com'é, eles abrem a lojinha, nao fazem pausa pranzo, Dio mio, e ainda por cima querem abrir no domingo. É o fim do mundo. Os italianos odeiam sopratutto gente que quer trabalhar... Basta ir no banco. Fila de mil pessoas, as mocinhas no caixa lixando a unha, falando no telefone, contando dinheiro na frente de todo mundo... daí aparece o chefe. Pensa que todo mundo finge que está trabalhando? Que nada, lá do fundo alguém grita o resultado da ultima partida de futebol da empresa, as mocinhas todas dão uma piscadinha pra ele e ele, nas suas mocinhas preferidas, dá aquela palmadinha carinhosa na popa. Cenário maravilhoso. E você ali há 20 minutos, esperando pra trocar um cheque. Mas pra quê ter pressa. Parece até aquela gente de Milão. Ah, tem também aquela "gente de Milão", que gosta de trabalhar, que tem pressa porque tem coisa melhor pra fazer do que ficar esperando em fila, insomma, gente que é uma vergonha pro próprio país.
País civilizado, de primeiro mundo, é isso aí.
Comunque, não quero voltar pro Brasil.
Todos votam pela sinistra, nonostante queiram se ver livres de todos os imigrantes e dos turistas tambem. Essa gente dá muito trabalho. Os mais odiados sao os asiáticos. Sa com'é, eles abrem a lojinha, nao fazem pausa pranzo, Dio mio, e ainda por cima querem abrir no domingo. É o fim do mundo. Os italianos odeiam sopratutto gente que quer trabalhar... Basta ir no banco. Fila de mil pessoas, as mocinhas no caixa lixando a unha, falando no telefone, contando dinheiro na frente de todo mundo... daí aparece o chefe. Pensa que todo mundo finge que está trabalhando? Que nada, lá do fundo alguém grita o resultado da ultima partida de futebol da empresa, as mocinhas todas dão uma piscadinha pra ele e ele, nas suas mocinhas preferidas, dá aquela palmadinha carinhosa na popa. Cenário maravilhoso. E você ali há 20 minutos, esperando pra trocar um cheque. Mas pra quê ter pressa. Parece até aquela gente de Milão. Ah, tem também aquela "gente de Milão", que gosta de trabalhar, que tem pressa porque tem coisa melhor pra fazer do que ficar esperando em fila, insomma, gente que é uma vergonha pro próprio país.
País civilizado, de primeiro mundo, é isso aí.
Comunque, não quero voltar pro Brasil.
Friday, March 17, 2006
Contrário.
Estou feliz.
Não estou feliz.
Estou bem.
Não estou bem.
Estou mal.
Estou melhor.
Queria ser magra.
Queria ser mais alta.
Queria ser mais rica.
Queria ser famosa.
Queria ser ruiva de verdade.
Mas nunca quis ser mais inteligente. O que me leva crer que essa é a chave do negócio todo. A beleza é que é realmente importante. A inteligência você pode adquirir ao longo da vida, vivem dizendo isso pra gente, que a idade traz sabedoria, nada mais fácil, mas a beleza não. Either you have it or you don't. E chega de papo-furado.
Ou será que é o contrário?
(Que medo, meu deus, de ter pensado tudo errado, e que se eu fosse inteligente mesmo não ia ter escrito nem pensado essa merda, não ia nem ter blog pra escrever essas besteiras! E se fosse inteligente não ia desejar, por exemplo, ser ruiva de verdade, que é uma coisa muito ridícula, eu assumo. E agora, meu deus, pra ficar inteligente o que é que a gente faz? Dispenso mensagens sobre Scientology.)
Não estou feliz.
Estou bem.
Não estou bem.
Estou mal.
Estou melhor.
Queria ser magra.
Queria ser mais alta.
Queria ser mais rica.
Queria ser famosa.
Queria ser ruiva de verdade.
Mas nunca quis ser mais inteligente. O que me leva crer que essa é a chave do negócio todo. A beleza é que é realmente importante. A inteligência você pode adquirir ao longo da vida, vivem dizendo isso pra gente, que a idade traz sabedoria, nada mais fácil, mas a beleza não. Either you have it or you don't. E chega de papo-furado.
Ou será que é o contrário?
(Que medo, meu deus, de ter pensado tudo errado, e que se eu fosse inteligente mesmo não ia ter escrito nem pensado essa merda, não ia nem ter blog pra escrever essas besteiras! E se fosse inteligente não ia desejar, por exemplo, ser ruiva de verdade, que é uma coisa muito ridícula, eu assumo. E agora, meu deus, pra ficar inteligente o que é que a gente faz? Dispenso mensagens sobre Scientology.)
Monday, August 01, 2005
Bob pai, bob filho
Certa vez levaram um cachorro ao veterinário com o carro oficial. Isso junto com um monte de coisas resultou num dia em que, na minha escola, os professores disseram que quem quisesse virar massa de manobra podia faltar na aula sem levar falta. E eu, alienada e orgulhosa que sempre fui, fiz o manifesto dos cara-amassadas no meu travisseiro - hoje sei que sou agorafóbica e aquela muvuca na Avenida Paulista, fosse pelo que fosse, non sarebbe andata bene per me.
Enfim, moral da história: nenhuma. Mas eu queria ter o prazer de comparar o filho do Lula com a cadelinha do Magri.
Enfim, moral da história: nenhuma. Mas eu queria ter o prazer de comparar o filho do Lula com a cadelinha do Magri.
Friday, June 17, 2005
Prosciuto sugli occhi
Finalmente, Tom Cruise está apaixonado por uma de nós. Sim, uma de nós, que naquela época do Top Gun, era adolescente e gravou o filme quando a Globo passou na Tela Quente e o assistiu centenas de vezes a tarde durante as férias de Julho. Minha parte preferida era quando estavam todos os pilotos no banho e Iceman provocava Maverick (Val Kilmer e Tom Cruise respectivamente). Confesso logo: eu também quis casar com Tom Cruise. E me sinto representada pela Katie Holmes (pretenciosa?nah...). Veja bem, a Nicole Kidman não é uma de nós - quem dera... a Penelope Cruz-credo. Agora, a Joey do Dawson's Creek, (e isso é bom e muito ruim ao mesmo tempo), is definitely one of us. Good for us, Tom Cruise é nosso!
Monday, June 06, 2005
Wednesday, May 25, 2005
Eu já contei pra vocês....
...do incrível inseto vermelho?
Vermelho mesmo, vermelho Ferrari, aparece no verão no teto da minha casa. Na verdade é um prédio. Mas eu moro no último andar, sem elevador, é claro, pois a casa foi construida em 1800 sei lá o quê e depois foi reformada em 1900 sei lá o quê - uma data quando os elevadores ainda nao tinham sido inventados. Mas tudo bem, porque estando no teto, eu tenho janelinhas de barco em casa, a mobília toda baixinha e uns 3 galos no cucuruto de tanto meter o cabeção nas vigas do teto... Comunque, eu contava do tal bichinho vermelho que parece um ácaro, (naquela célebre imagem ampliada milhões de vezes do microscópico vilão). A primeira vez que o vi estava dentro da minha máquina fotografica, caminhava pelo visor digital. Eu ainda não expliquei que ele aparece bem pequenininho, o que facilita sua entrada em aparelhos eletrônicos e depois vai crescendo, no começo de maio eram pontinhos barely visible. Agora estão com dimensões de formiguinhas de cozinha. E são vermelhíssimos. E mancham a roupa da gente. Portanto, tomar sol no telhado só de roupas escuras.
Vermelho mesmo, vermelho Ferrari, aparece no verão no teto da minha casa. Na verdade é um prédio. Mas eu moro no último andar, sem elevador, é claro, pois a casa foi construida em 1800 sei lá o quê e depois foi reformada em 1900 sei lá o quê - uma data quando os elevadores ainda nao tinham sido inventados. Mas tudo bem, porque estando no teto, eu tenho janelinhas de barco em casa, a mobília toda baixinha e uns 3 galos no cucuruto de tanto meter o cabeção nas vigas do teto... Comunque, eu contava do tal bichinho vermelho que parece um ácaro, (naquela célebre imagem ampliada milhões de vezes do microscópico vilão). A primeira vez que o vi estava dentro da minha máquina fotografica, caminhava pelo visor digital. Eu ainda não expliquei que ele aparece bem pequenininho, o que facilita sua entrada em aparelhos eletrônicos e depois vai crescendo, no começo de maio eram pontinhos barely visible. Agora estão com dimensões de formiguinhas de cozinha. E são vermelhíssimos. E mancham a roupa da gente. Portanto, tomar sol no telhado só de roupas escuras.
Wednesday, March 16, 2005
Conselho editorial
Nunca, sob hipótese alguma, peça luvas emprestadas. Em temperaturas propícias ao uso de luvas, o nariz da gente escorre quase que ininterruptamente. E friozinho faz com que tenhamos preguiça de tirar as luvas pra assoar o nariz. E assoar o nariz de luvas é deveras complicado. Poupo o leitor dos detalhes.
Primavera em 3 marcas.
Armani. Bastava parar aí, o resto é tudo cópia.
Entre linhos e couro e algodão amassado, puro, com cara de ser muito macio e confortável, Armani constrói sua Primavera com muito branco e off whites como aveia, manteiga e tons de bege. Jaquetas de couro estilo aviador, calças estilo gaúcho, e proteções de canela que me parecem muito pouco funcionais, mas são lindas e convencem. Quase sem estampas, algumas calças listradas, tudo muito casual e limpo, muito simples porém muito bonito e de bom gosto. Na parte haute couture, entram algumas estampas florais, com muito rosa, laranja e verde, seda, alguns tecidos luminosos, até brilhantes, mas a cor de fundo continua sendo o branco e o tecido básico, o algodão. Faz a gente ficar com muita raiva dos casacos, echarpes e botas pesadões do final de inverno atípico na Europa, por culpa de últimas frentes frias que chegaram de surpresa, sobretudo na Itália, que ficou cobertinha de neve de Norte a Sul. Milão, que tem sempre aquele friozinho chique, estava geladésima... e a Primavera acontece por enquanto só nas vitrines.
MaxMara, mulheres muito bem vestidas e femininas ? Echarpes finas, em tons fortes como vermelho escuro, vestidinhos de alças com jaquetinhas curtas ou ?coprispalle?, que é tipo uma malha que só tem as mangas, muito coloridos, sobretudo de azuis claros e verdes puxando para o pistache. Muito bege aqui também e branco. Muitos tecidos orgânicos e confortáveis, muita, muita, muita sobreposição. Um cachê-coeur aqui e ali. Algum laranja, sinto que será um grande hit do verão (previsão minha). Jaquetas tipo aviador e muitos trench coats, todos lindos.
Zara, a cópia bem feita ? Um pouco de tudo que foi dito acima. Aqui acha-se ainda alguma coisa em um verde escuro, entre o militar e o oliva. Não prestei muita atenção, porque o verde é a cor proibida pra mim. Coprispalle, casaquinhos curtos, trench coats, e ainda aquelas insistentes saias assimétricas, (eu que sou um pouco obsessiva-compulsiva não suporto). Muito Jeans.
Disse que seriam 3 mas dou uma colher de chá e falo da H&M, que é uma marca Sueca, inaugurada no final da década de 40. E só chegou aos EUA e sul da Europa a partir do ano 2000. A primeira loja na Itália foi aberta em 2003, e hoje é um sucesso tremendo. O line up e público alvo são praticamente os mesmos da Zara, pois a marca segue todas as principais tendências da moda, com todas as peças mais básicas e mais fashion de cada estação com preços bem mais em conta. E bem mais em conta que os preços da Zara, devo sublinhar. Em Genova e em Milão, alguns pontos que eram lojas enormes da Benetton foram vendidos para a H&M que parece crescer vertiginosamente. A loja está sempre lotada, eu quase não consigui ver as paredes de acessórios, e estamos falando de uma quarta-feira de manhã...
Balanço do dia: 10 euros na H&M e 30 na Zara. E um par de óculos escuros glamourosos, preço sob consulta. E almoço no McDonald?s... Agora sento e choro com dor de estômago.
Armani. Bastava parar aí, o resto é tudo cópia.
Entre linhos e couro e algodão amassado, puro, com cara de ser muito macio e confortável, Armani constrói sua Primavera com muito branco e off whites como aveia, manteiga e tons de bege. Jaquetas de couro estilo aviador, calças estilo gaúcho, e proteções de canela que me parecem muito pouco funcionais, mas são lindas e convencem. Quase sem estampas, algumas calças listradas, tudo muito casual e limpo, muito simples porém muito bonito e de bom gosto. Na parte haute couture, entram algumas estampas florais, com muito rosa, laranja e verde, seda, alguns tecidos luminosos, até brilhantes, mas a cor de fundo continua sendo o branco e o tecido básico, o algodão. Faz a gente ficar com muita raiva dos casacos, echarpes e botas pesadões do final de inverno atípico na Europa, por culpa de últimas frentes frias que chegaram de surpresa, sobretudo na Itália, que ficou cobertinha de neve de Norte a Sul. Milão, que tem sempre aquele friozinho chique, estava geladésima... e a Primavera acontece por enquanto só nas vitrines.
MaxMara, mulheres muito bem vestidas e femininas ? Echarpes finas, em tons fortes como vermelho escuro, vestidinhos de alças com jaquetinhas curtas ou ?coprispalle?, que é tipo uma malha que só tem as mangas, muito coloridos, sobretudo de azuis claros e verdes puxando para o pistache. Muito bege aqui também e branco. Muitos tecidos orgânicos e confortáveis, muita, muita, muita sobreposição. Um cachê-coeur aqui e ali. Algum laranja, sinto que será um grande hit do verão (previsão minha). Jaquetas tipo aviador e muitos trench coats, todos lindos.
Zara, a cópia bem feita ? Um pouco de tudo que foi dito acima. Aqui acha-se ainda alguma coisa em um verde escuro, entre o militar e o oliva. Não prestei muita atenção, porque o verde é a cor proibida pra mim. Coprispalle, casaquinhos curtos, trench coats, e ainda aquelas insistentes saias assimétricas, (eu que sou um pouco obsessiva-compulsiva não suporto). Muito Jeans.
Disse que seriam 3 mas dou uma colher de chá e falo da H&M, que é uma marca Sueca, inaugurada no final da década de 40. E só chegou aos EUA e sul da Europa a partir do ano 2000. A primeira loja na Itália foi aberta em 2003, e hoje é um sucesso tremendo. O line up e público alvo são praticamente os mesmos da Zara, pois a marca segue todas as principais tendências da moda, com todas as peças mais básicas e mais fashion de cada estação com preços bem mais em conta. E bem mais em conta que os preços da Zara, devo sublinhar. Em Genova e em Milão, alguns pontos que eram lojas enormes da Benetton foram vendidos para a H&M que parece crescer vertiginosamente. A loja está sempre lotada, eu quase não consigui ver as paredes de acessórios, e estamos falando de uma quarta-feira de manhã...
Balanço do dia: 10 euros na H&M e 30 na Zara. E um par de óculos escuros glamourosos, preço sob consulta. E almoço no McDonald?s... Agora sento e choro com dor de estômago.
Friday, December 31, 2004
Un Giorno Migliore
Depois que formulei a teoria de que falar italiano emagrece (depois eu explico melhor) e como pretendo colocá-la a prova esse ano de 2005 pra depois escrever meu best-seller de auto-ajuda do tipo " Emagreça parlando", aí vai uma musiquinha muito bacana em italiano. Infelizmente não consigo incluir uma música aqui, mas é tipo um twist, bem animadinha, vai imaginando aí. De Paolo Belli, Un Giorno Migliore.
Oggi puo' essere un gran giorno
che ti sorriderà
credi nei tuoi sogni
il mondo splenderà
Gli occhi, chiudi gli occhi
e sogna quello che ti va
quando apri gli occhi
e un gran sole ci sarà
Ti senti libero
Perfetto
il cuore elettrico
l'animo fantastico
Guarda le tue mani
hanno grandi desideri
credici nei sogni
Al ritmo del tuo cuore
Oggi puo' essere un gran giorno
Datti un'oppurtunità
Oggi puo' essere un gran giorno
che ti sorriderà
credi nei tuoi sogni
il mondo splenderà
Gli occhi, chiudi gli occhi
e sogna quello che ti va
quando apri gli occhi
e un gran sole ci sarà
Ti senti libero
Perfetto
il cuore elettrico
l'animo fantastico
Guarda le tue mani
hanno grandi desideri
credici nei sogni
Al ritmo del tuo cuore
Oggi puo' essere un gran giorno
Datti un'oppurtunità
Sessão
Acho que começou quando era pequenininha. Esses traumas de primeira infância. Quando eu pedia pra minha mãe me pegar no colo, e ela, com meu irmão que era bebê nos braços, dizia que eu já era grandinha e tinha que ficar no chão como uma boa menina. De lá pra cá, fiquei tentando ser boazinha pra esconder o ciúme.
Freud explica. Mas quem resolve?
Eu quero minha parte em éter.
Freud explica. Mas quem resolve?
Eu quero minha parte em éter.
Thursday, December 30, 2004
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